Ceará sofre estiagem prolongada com cinco anos seguidos de pouca chuva.
Agravamento da seca deve ocorrer entre fevereiro e abril, aponta estudo.
A seca na região Nordeste, que já dura cinco anos, pode se agravar ainda mais entre fevereiro e abril, conforme prognóstico do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Segundo estudo do ministério, a probabilidade de chover menos que previsto para o período é de 40%. Já as chances de chuva acima do normal são de apenas 25%.
Segundo o meteorologista Marcelo Seluchi, se as chuvas ficarem entre a média histórica ou até 30% abaixo dela, a situação da maioria dos reservatórios de água da parte norte do Nordeste não terá recuperação significativa nos meses de fevereiro, março e abril, considerada a estação chuvosa do semiárido.
"Isso implicará em severos impactos na agricultura e na pecuária e no abastecimento de água para a população", declarou Seluchi.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), já havia divulgado uma previsão semelhante em janeiro. Segundo o órgão, a maior probabilidade (40%) é de que o volume de chuva fique próximo à média histórica, que é de 800 milímetros durante o ano.
A última vez que choveu acima disto foi em 2011, quando a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) anotou 1.034 milímetros no acumulado de 12 meses. Em 2016, a Funceme havia divulgado 65% de chances de chuva abaixo da média para os mesmos meses.
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