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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

AGENTES DE SEGURANÇA FAZEM ATO CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA NO CEARÁ.


Protesto ocorre no Aeroporto Internacional de Fortaleza.
Ato Reúne todas as polícias e é organizado pela União dos Policiais.

Do G1 CE

Peritos, policiais e delegados realizaram manifestação no Aeroporto de Fortaleza contra a PEC 287/2016 (Foto: Divulgação/Acecrim)Peritos, policiais e delegados realizaram manifestação no Aeroporto de Fortaleza contra a PEC 287/2016 (Foto: Divulgação/Acecrim)
Policiais, peritos criminais e delegados realizaram, no início da tarde desta quarta-feira (8), uma manifestação no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma da Previdência Social. O ato é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e faz parte de uma mobilização nacional dos profissionais de segurança.
Segundo o presidente da Associação Cearense de Criminalística (Acecrim), Cristiano Moreira, cerca de 110 pessoas, entre policiais civis, federais, delegados e peritos estaduais e federais participaram do protesto. O objetivo da manifestação é estabelecer uma posição contrária à PEC encaminhada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional.
Atualmente, conforme o presidente da Acecrim, os agentes de segurança do sexo feminino podem ingressar com a aposentadoria após 25 anos de contribuição social, sendo 15 deles no exercício da atividade policial. Já para os homens, são exigidos 30 anos de contribuição social, sendo, pelo menos, 20 na atividade policial.

Com a proposta da Reforma da Previdência Social, policiais homens e mulheres se igualam com idade mínima de 65 anos e tempo de contribuição mínima de 25 anos. Para se aposentar com o salário integral da atividade, porém, é necessário trabalhar 49 anos, assim como é previsto para os demais trabalhadores.
Cristiano Moreira diz que essa mudança representa um risco à saúde dos policiais, porque eles exercem atividades risco, sendo necessária a aposentadoria mais breve.
"Estudos mostram que os policiais têm uma expectativa de vida 15 anos menor que a dos demais brasileiros. Isso pela atividade de risco que eles executam. Então, igualar a aposentadoria de classes tão diferentes é um erro”, afirmou.
"Com essa mudança podemos ter policiais com até 70 anos nas ruas, com armas, fazendo a segurança dos cidadãos. O policial idoso é um risco à sociedade, pois um profissional com certa idade nessa atividade de risco não rende o mesmo que um agente jovem", acrescentou o presidente da Acecrim.
O diretor regional dos delegados do Nordeste da Polícia Federal, o delegado João Conrado Ponte de Almeida, acrescenta que a proposta de emenda não reconhece a atividade de risco como fator especial de aposentação e, na prática, acaba com a aposentadoria policial.
"Essa nova emenda é prejudicial para toda a classe policial. Obrigar, exigir que os policiais fiquem mais de 30 anos nas ruas é muito perigoso. Principalmente para a população", pontuou.
Entidades policiais
A UPB é composta por cerca de 30 entidades policiais. Estarão presentes em Brasília representantes dos policiais federais, agentes penitenciários, policiais rodoviários federais, policiais legislativos e guardas civis, entre outros.
As mobilizações contra a PEC 287/2016 também ocorrem nos aeroportos de Goiânia, Palmas, Aracajú, Boa Vista, Porto Velho, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Vitória, Manaus, Maceió, Rio Branco, Teresina e Salvador. Em São Paulo, o ato aconteceu às11h, em frente da superintendência da Polícia Federal.

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