Especialista diz que alta deve apenas seguir a inflação. Se o inverno não for bom, porém, impacto pode ser maior
por Áquila Leite - Repórter
Após aumentos exorbitantes ao longo de 2015, em decorrência da falta de chuvas e reajustes não repassados pelo governo no ano anterior, a energia elétrica deve voltar a acompanhar de perto a inflação do País em 2017, pelo menos é o que projeta o Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com a Ata da 201ª reunião, divulgada ontem pelo Banco Central (BC), a conta de luz dos brasileiros deve subir 7,7% no ano que vem, bem mais próximo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado para o fechamento deste ano, de 7,3%.
Segundo a Ata do Copom, para 2017 já se considera variação de 5,8% no conjunto de preços administrados em geral, 0,5 ponto percentual acima do valor projetado na última reunião do Comitê. A revisão deve-se, principalmente, às projeções para aumento de tarifas de energia elétrica e ônibus urbano, que também deve ter avanço de 6,8%.