Luis Barrucho e Matheus Magenta
Banzeiro, Lepo-Lepo, Bororó, Dalila, Táquitá e Santinha.
Praticamente todos os anos, as músicas mais tocadas no Carnaval da Bahia batizam as viroses que deixam lotados os postos de saúde, após os sete dias oficiais de folia.
Segundo especialistas, a grande aglomeração de pessoas num espaço restrito, junto com alimentação majoritariamente inadequada, desidratação e falta de sono, criam as condições ideais para o alastramento de doenças.
Poderia ser esse o caso do coronavírus? E mais: as autoridades deveriam cancelar o Carnaval neste ano como precaução — mesmo que, por enquanto, não tenha havido confirmação de infectados no Brasil? E outros eventos que atraem multidões como shows e jogos de futebol, também deveriam ser cancelados?
Essas são algumas das perguntas que muitos brasileiros vêm se fazendo nas últimas semanas de olho na folia, que vai até a Quarta-Feira de Cinzas (26/2) . Na China, uma das medidas para frear o surto que até a publicação desta reportagem tinha provocado a morte de 490 pessoas, foi o adiamento em todo o país de partidas de futebol e outros eventos esportivos.