Camilla Veras Mota
Há alguns anos, a consultoria Deloitte construiu salas de videoconferência altamente tecnológicas em suas principais sedes ao redor do globo - inclusive São Paulo - por acreditar que o futuro seria um tempo em que praticamente não haveria reuniões presenciais.
A tecnologia usada na época continua inovadora. As salas têm telões enormes que dão aos participantes da reunião - ainda que estejam em continentes diferentes - a sensação de estarem em volta de uma mesma mesa, lado a lado.
Praticamente não há diferença entre o real e o virtual - e, ainda assim, o espaço não tem o protagonismo que se imaginou para ele. Mais que isso, as reuniões periódicas - e presenciais - entre os principais líderes da consultoria no mundo continuam acontecendo. Algumas vezes por ano, Altair Rossatto, CEO da Deloitte no Brasil, pega um avião para alguma parte do planeta para se reunir "olho no olho" com os colegas.
"Às vezes você já tem a tecnologia disponível, mas há coisas que exigem um período maior de adaptação", ele diz.
O exercício de pensar o futuro faz parte do dia a dia da maioria das empresas. Antecipar tendências é uma das estratégias das companhias para ganhar espaço no mercado ou mesmo para garantir sua sobrevivência no longo prazo. Muitas vezes, contudo, elas erram.