Os produtores afirmam que não há como pagar dívidas contraídas a partir de empréstimos com valores atualizados
FONTE:DNR,por Honório Barbosa - Colaborador
Iguatu. A alegria que chegou aos agricultores e criadores do Nordeste no fim de setembro passado após a sanção presidencial da lei sobre financiamento rural, que prorroga e dá descontos em dívidas, durou menos de um mês. Agora, o sentimento é de preocupação a partir da cobrança e execução dos débitos por meio do Banco do Nordeste (BNB). No campo, o quadro é de crise, depois de cinco anos seguidos de estiagem, chuvas abaixo da média, perda de capital, de safra e de rebanho.
Os produtores rurais afirmam que não há como pagar dívidas contraídas a partir de empréstimos rurais com valores atualizados, que cresceram sobremaneira em relação ao financiamento principal. Foram mais de dez anos de luta para obter a aprovação e sanção da Medida Provisória 733, que se transformou em lei sobre a renegociação de dívida rural, publicada no Diário Oficial da União, no dia 28 de setembro passado. "A lei prevê suspensão das cobranças judiciais, mas infelizmente não tá valendo a julgar pelas ações do Banco do Nordeste e da Justiça", lamentou o presidente do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal.