O sucateamento da estrutura física e a falta de servidores levaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a suspender o patrulhamento e a fechar postos em todo o país. No ano passado, o corte no orçamento chegou a 56%, comparado ao mesmo período anterior, e a falta de reposição de funcionários causou a vacância de 373 postos. Hoje, o déficit de pessoal chega a três mil e o número pode dobrar até dezembro, caso todas possíveis aposentadorias sejam solicitadas.
Como medida paliativa, o ministro Raul Jungmann, do recém-criado Ministério da Segurança Pública, anunciou como uma de suas primeira ações ajudar na negociação para liberação de 500 vagas de policial rodoviário junto ao Ministério do Planejamento. A atitude é muito bem-vinda, visto que a espera por novas autorizações se prolonga desde 2014, quando foi homologado o resultado do último concurso.
Atualmente, há 10.158 servidores ativos, segundo dados da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) de um total de 13.098 vagas existentes. Isso significa que 2.940 cargos estão desocupados e, até dezembro, 2.053 policiais estarão aptos a solicitar a aposentadoria. Para atender às necessidades, a corporação trabalha nos bastidores para propor ao Planejamento a realização de concursos a cada dois anos.