A Polícia Civil de São Carlos desvendou um golpe que, segundo as investigações, tinha como objetivo dar um desfalque milionário em seguradoras no interior de São Paulo. Um ex-agente funerário, a filha dele e o genro, que é vendedor de seguros, além de um médico, que assinou um atestado de óbito falso, foram denunciados.
Um caixão sem corpo chegou a ser enterrado, mas depois de uma denúncia anônima, a polícia encontrou a suposta morta e frustrou o golpe. Ela, Cristiane da Silva, 39, agora tenta provar que está viva e recuperar sua identidade civil.
Segundo as apurações, um ex-agente funerário, Eduardo Bezerra da Silva, 47, usou documentos de uma moradora de rua para fazer cinco apólices de seguro em quatro seguradoras diferentes. Os valores variavam entre R$ 800 mil e R$ 1,4 milhão, e ele colocou a filha, Sara Bezerra, como beneficiária. O grupo contava ainda com o genro do ex-agente, Thomas Lopes, um corretor de seguros, e um médico, Hugo Gusmão, que trabalhava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e forneceu o atestado de óbito.