Para ser definido como raro, um grupo sanguíneo deve aparecer com baixa frequência em uma população - e esse número varia de acordo com o país. No Brasil, um doador é considerado especial quando a classificação sanguínea aparece a cada mil habitantes. Existem, atualmente, mais de 300 tipos de sangue que podem ser classificados como especiais.
A procura por doadores raros é um processo diário. Além da nova técnica da genotipagem, o Hemoce utiliza outras duas avaliações para sondar doadores especiais, uma a partir da análise de anticorpos e outra com hemácias, conhecido como fenotipagem eritrocitária. Existe um perfil com maior probabilidade de apresentar a configuração especial no sangue. “A gente seleciona o voluntário que tenha doado pelo menos duas vezes no ano. Avaliamos aqueles que já sabemos que tem fenótipo raro ou algum doador do grupo de sangue O”, completa.
O Centro analisa as amostras recebidas diariamente em busca de características especiais. Após a identificação, o doador é informado sobre algumas peculiaridades da nova modalidade de doação: o voluntário especial tem uma frequência de doação menor do que voluntários comuns. “Como é preciso esperar entre uma doação e outra, corre o risco do doador raro já ter doado para uma pessoa que não precisa daquele tipo de sangue e diminuir a oferta do material. Eles são convocados a doar somente quando um paciente necessita de doação especial”, elucida Denise.
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