Assassinato do radialista Gleydson Carvalho continua impune
Em mensagem para o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado na quarta-feira (3), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas”. “Precisamos que líderes defendam a imprensa livre”, enfatizou o chefe do organismo internacional. Para ele, “quando protegemos jornalistas, suas palavras e imagens podem mudar o mundo”.
O dirigente máximo da ONU acrescentou que a liberdade de imprensa é “crucial para combater a atual (tendência à) desinformação”. “Precisamos que todos defendam nosso direito à verdade”, disse Guterres.
O secretário-geral lembrou que “jornalistas vão aos lugares mais perigosos para dar voz aos sem-voz”. “Profissionais de mídia são vítimas de difamação, abuso sexual, detenção, agressões e chegam mesmo a morrer” em serviço, alertou o chefe da Organização. Guterres disse ainda que uma imprensa livre permite avançar na promoção da paz e da justiça para todos.
Em tempo
A data e as palavras do Secretário Geral das Nações Unidas oportunizam a lembrança do caso do assassinato do radialista Gleydson carvalho, em agosto de 2015, em Camocim, durante o exercício da profissão, no estúdio da emissora de Rádio Liberdade FM. O crime teve repercussão internacional, mas, até o momento, continuam impune os mandantes, cujos nomes não foram revelados.
Lamentavelmente, o Estado Brasileiro figura no cenário mundial como o 4ª pais que mais mata jornalista, conforme pesquisa publicada em 2016, pela ONG Repórteres sem fronteiras.
Fica aqui nosso protesto contra o Estado e nossa solidariedade aos familiares dos que tiverem a vida ceifada em nome da liberdade de imprensa.
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