Fenômeno foi visto na quarta (1º) na zona rural de São Pedro da Aldeia.
Motivo é diferença de pressão entre a área, queimada, e o entorno, diz Inpe.
Moradores da área rural de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, foram surpreendidos por um fenômeno atípico na quarta-feira (1º). Segundo Viviane da Silva, que filmou um dos dez redemoinhos de poeira que apareceram na área de uma fazenda após uma queimada na última semana: "Parecia que estava vindo pra cima da minha casa", disse. Apesar do susto dos moradores, o redemoinho não representa riscos pode ser explicado pela diferença de pressão no ar acima da área queimada e o entorno, de acordo com a meteorologia.
"Foram seis só ontem, entre 15h e 16h30. Eu 'tava' vendo televisão quando minha tia chamou falando que tinha dois de uma vez. Aí todo mundo correu assustado pra fora pra ver o que tava acontecendo porque parecia que tava vindo pra cima de casa. Mas quando saía da área que foi queimada, perdia força", diz Viviane.
Era uma tarde quente com termômetros batendo os 34º, e sem vento no local, em uma fazenda na Rua do Fogo, bairro da zona rural. O susto foi grande, mas ninguém se feriu; e o redemoinho, apesar de imponente acima da alturas das árvores, não chegou a atingir a casa.
Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTec/Inpe), a queimada na fazenda é o que pode ter causado os fenômenos.
De acordo com o órgão, o ar acima do solo queimado fica com uma pressão menor que o entorno por causa da queima de oxigênio e liberação de gás carbônico e outros gases, o que pode ter causado a formação, do vórtice ciclônico, conhecido popularmente por redemoinho. O fenômeno parte do solo e não é perigoso, já que os ventos no interior do redemoinho não passam de 50 Km/h, de acordo com o CPTec/Inpe.
Apesar do baixo risco, a família de Viviane não arrisca chegar perto do redemoinho. "Aqui tem criança, tem minha vó, é perigoso. A gente só fica de longe vendo mesmo", disse.
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