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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

EM FORTALEZA-CE,DAS SEIS DELEGACIAS QUE FUNCIONAM APENAS DUAS FAZEM B.O.


Funcionamento está reduzido devido a greve que começou sábado (24).
Existem 35 delegacias em Fortaleza e Região Metropolitana.

Gioras XerezDo G1 CE

Policiais civis do Ceará paralisam atividades nesta quarta-feira (21); concentração ocorre na Praça dos Voluntários, no Centro (Foto: Divulgação/Sinpol)Policiais civis do Ceará paralisam atividades nesta quarta-feira (21); concentração ocorre na Praça dos Voluntários, no Centro (Foto: Divulgação/Sinpol)
Em Fortaleza, devido a greve da Polícia Civil, das seis delegacias que funcionam em regime de plantão, apenas duas registram boletim de ocorrência. Estão registrando boletim de ocorrência a Delegacia do 17º Distrito Policial, no Bairro Vila Velha e a Delegacia do 26º Distrito Policial, no Bairro Edson Queiroz.
As outras que estão funcionando em regime de plantão são: Delegacia do 16º Distrito Policial (Dias Macedo), Divisão de Homicídios (Bairro de Fátima), Delegacia da Criança e do Adolescente (Presidente Kennedy) e Delegacia de Defesa da Mulher (Centro). Na Região Metropolitana funciona a Delegacia do 24º Distrito Policial, em Pacatuba. No Interior Norte, o cidadão pode se dirigir para Delegacia Regional de Canindé e Delegacia Regional de Itapipoca. No Interior Sul funcionam a Delegacia Regional de Quixadá e Delegacia Regional de Russas.

A Superintendência da Polícia Civil do Estado do Ceará informou que todas as delegacias do Estado manterão o serviço de custódia com, pelo menos, um policial civil (capital, Região metropolitana e e interior). Para registro de boletim de ocorrência também estarão disponíveis a Delegacia Eletrônica e Posto de Atendimento do Aeroporto.
Das 8 horas de sábado (24) até as 18 horas de domingo (25) foram realizadas na capital três flagrantes e um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO). Na Região Metropolitana três flagrantes na Delegacia de Caucaia. E no interior cinco flagrantes em Iguatu.
Greve
Policiais Civis iniciaram greve na tarde deste sábado (24). Entre as exigências feitas ao Governo do Estado, a categoria reivindica melhoria salarial, alegando que o Ceará possui o pior salário do Nordeste, aumento do efetivo e proibição dos desvios de funções. O sindicato afirma que é preciso evitar que os policiais civis deixem de investigar os crimes para fazer a custódia de presos recolhidos em delegacias.
A Superintendência da Polícia Civil do Estado do Ceará informou, por meio de nota, que trabalha para que as demandas da população, pertinentes à Polícia Civil, não sejam prejudicadas durante a paralisação. Disse ainda que por obrigação legal, pelo menos, 30% do efetivo, deve continuar trabalhando. (leia abaixo nota na íntegra)
"O reconhecimento do nível superior para Polícia Civil não é condizente com o salário. Com todo respeito, mas somos equiparados ao salário do soldado da PM", afirma o presidente do Sinpol, Francisco Lucas.
Na última sexta-feira o governo do Estado realizou audiência com representantes da categoria, onde foram apresentadas propostas com intuito de evitar a paralisação. No entanto, o sindicato diz que, por falta de prazos, o plano não foi aceito.
Paralisação de 24 horas
Na última quarta-feira (21) a categoria fez uma paralisação de 24 horas. Durante a manifestação, duas delegacias, em Fortaleza, fizeram atendimento à população: 7° Distrito Policial (DP), no Bairro Pirambu, e a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), no Bairro São Gerardo.
No interior, o funcionamento foi feito em Camocim e Brejo Santo. Os delegados não participaram do movimento.

Os policiais se concentraram na Praça dos Voluntários, conhecida como Praça da Polícia Civil, na Rua do Rosário. Em assembleia, eles decidiram deflagrar greve a partir deste sábado, caso as reivindicações não fossem atendidas.
Atualmente, a Polícia Civil tem 353 delegados, 689 escrivães e 1.818 inspetores. Total de 2860 divididos em expediente (40 horas semanais) e escalas plantão, atendendo capital, região metropolitana e interior. Todas as delegacias do estado manterão o serviço de custódia com pelo menos um policial civil (capital, metropolitana e interior).
Leia nota da SSPDS na íntegra
"A Superintendência da Polícia Civil do Estado do Ceará informa que trabalha para que as demandas da população, pertinentes à Polícia Civil, não sejam prejudicadas durante a paralisação de escrivães e inspetores no Estado. Informa ainda que por obrigação legal, pelo menos, 30% do efetivo, deve continuar trabalhando.
Algumas solicitações feitas pelos profissionais vêm sendo atendidas pelo Governo do Estado. Uma comissão designada pelo Secretário da Segurança esteve em todas as capitais do Nordeste e obteve a tabela salarial vigente em todos os Estados. O Governo se comprometeu a dar a média salarial da região até o fim do mandato.
Em relação ao efetivo de policiais civis, o Governo do Estado do Ceará realizou um concurso que irá acrescentar em 30% o número de profissionais. Foram aprovados mais de 700 novos policiais civis - nos cargos de delegado, escrivão e inspetor. A primeira turma – 255 nomeados – tomou posse no último dia 29 de agosto. Com esse acréscimo mais cinco delegacias passaram a funcionar 24 horas – Crateús, Crato, Quixadá, Iguatu e Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza. A segunda turma está prevista para ser chamada no mês de outubro e a terceira, em janeiro de 2017.
Em razão da greve dos agentes penitenciários, em maio último, o Sistema Prisional entrou em convulsão e nas delegacias de Polícia Civil havia cerca de 1250 presos. Com esforço do Governo e do Poder Judiciário, esse número diminuiu para cerca de 530 presos. Há um trabalho sério, com o apoio fundamental do Poder Judiciário, para zerar o número de detentos em unidades policiais. A aprovação, em abril, da lei que regulamenta a remuneração de policiais civis por atividade fora do horário de expediente possibilitou o reforço nas permanências das delegacias.
Na última quarta-feira, dia 21, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Ceará (Sinpol) paralisou as atividades das delegacias em todo o Estado. De forma arbitrária, à revelia da direção geral do órgão, estabeleceu como polos plantonistas, apenas a Delegacia Regional de Camocim e a Delegacia Regional de Brejo Santo, numa tentativa de retirar policiais militares de suas regiões, uma vez que tinham que se deslocar vários quilômetros para formalizar uma prisão. Ao longo desta semana, foram realizadas reuniões com representantes dos policiais, onde o Governo se comprometeu em estudar as reivindicações da categoria. O diálogo com a categoria permanece aberto."

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