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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ: GRUPO PRESO POR FRAUDE EM CONCURSO.


Suspeitos portavam objetos proibidos pelo edital. MPCE não crê em possibilidade de o concurso ser cancelado

Quatro pessoas foram detidas por tentativa de fraude durante a aplicação da prova do concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará, ontem. A ação foi realizada em parceria entre a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que, a princípio, não acredita na possibilidade de o concurso ser cancelado.
Os envolvidos, que não tiveram seus nomes divulgados pelos órgãos, foram presos em Fortaleza por portarem equipamentos que possibilitam a transferência e o armazenamento de dados, como celular e ponto eletrônico. Os objetos são proibidos pelo edital do certame.
O grupo foi conduzido à Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), mas, por conta da greve dos policiais civis, foi remanejado para o 2º DP (Aldeota), para a realização das autuações. Estiveram à frente da operação o promotor Gomes Câmara, do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e Manoel Epaminondas, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

Outros estados

"Alguns deles já haviam tentado uma fraude no Piauí, sem êxito, e foram tentar no Ceará, onde também não conseguiram", disse Epaminondas. Segundo ele, MPCE e SSPDS detectaram indícios de que o grupo poderia cometer a fraude no concurso no início da semana passada.
"Tomamos as providências para que eles fossem monitorados desde a saída dos locais de origem, como Pernambuco e outros estados", afirmou.
De acordo com Epaminondas, três das pessoas presas são candidatos que pagaram a outro deles para obter o gabarito. "Somente um é que integra o grupo que iria passar os resultados para os demais", afirma.


Concurso

Epaminondas disse que, mesmo diante do acesso ao gabarito pelas pessoas autuadas, não há, a princípio, a possibilidade de o concurso ser anulado.
"Não vejo nenhuma possibilidade de ser cancelado, porque todas as providências foram tomadas. Todas as pessoas que fizeram as fraudes estão sendo identificadas. Nós fizemos um trabalho preventivo", argumentou ele. O promotor de Justiça, entretanto, não descarta a possibilidade de haver outros participantes do esquema de fraude. "Nós estamos investigando ainda. Se houver mais pessoas, elas serão detectadas", garantiu.

O concurso ofertou 4.200 vagas para soldado da PM, que tem remuneração inicial de R$ 3.134,58. Foram recebidas inscrições de 80.450 candidatos.

Fonte: DN

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