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A França enfrentará uma epidemia de coronavírus null meses que irá sobrecarregar seu sistema de saúde se algo não mudar, uma das principais autoridades médicas do país alertou no domingo.
“A segunda onda está chegando mais rápido do que pensávamos”, disse Patrick Bouet, chefe do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, ao semanário Journal du Dimanche.
Novas restrições para diminuir a disseminação da doença nas áreas mais afetadas do país, incluindo a cidade mediterrânea de Marselha e a região de Paris, encontraram resistência local.
Bouet disse ao jornal que as advertências feitas esta semana pelo ministro da Saúde, Olivier Veran, não foram longe o suficiente.
"Ele não disse que em três a quatro semanas, se nada mudar, a França enfrentará um surto generalizado em todo o seu território, por vários longos meses de outono e inverno", disse Bouet.Não haveria equipe médica disponível para fornecer reforços, e o sistema de saúde da França não seria capaz de atender a todas as demandas impostas, ele alertou.
Os profissionais de saúde responsáveis pelo "milagre" da primavera não seriam capazes de preencher essas lacunas, acrescentou.
"Muitos deles estão exaustos, traumatizados."
O serviço de saúde da França registrou no sábado 14.412 novos casos nas últimas 24 horas - um pouco abaixo do recorde de 16.000 registrado na quinta e na sexta-feira.
Mas nos últimos sete dias, 4.102 pessoas foram hospitalizadas, 763 das quais estão em tratamento intensivo.
No sábado, os proprietários de bares e restaurantes de Marselha protestaram em frente ao tribunal comercial da cidade contra os fechamentos forçados que deveriam começar esta noite.
(AFP)
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