A barragem do Cocó, em Fortaleza, é a segunda a sangrar nesta quadra chuvosa cearense. O primeiro foi o açude de Germinal, localizado em Palmácia, distante 66,3 km de Fortaleza. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o açude de Jenipapo, localizado no município de Meruoca, é o terceiro com volume acima de 90% do total.
A Cogerh monitora 155 açudes no Estado, com capacidade total de 18,62 bilhões m³. O volume atual é de 1,95 bilhão m³ (10,46%). O açude do Cocó ultrapassou a capacidade de 5,1 milhões de litros. Foram registrados aportes em 68 açudes, destacando Banabuiú, Cedro, Edson Queiroz, Figueiredo, Frios, Jaburu I, Orós, Pedras Brancas, Pentecoste e Taquara. Hoje, 104 açudes ainda estão com volume abaixo de 30%.
O ferreiro Claudiano Pereira, de 37 anos, é um dos fortalezenses que aproveitam o espaço para pescar. Morador da Messejana, diz que leva os dois filhos para passear na beira do açude, além de garantir peixe e camarão. Ele correu para a barragem na manhã desta sexta-feira, 8, após saber da sangria. "Quando tem pouca água, é cheio de gente pescando. Um negócio desse só mostra como é bonita a natureza", conta.
No açude, é proibida a pesca dos peixes da piracema, como é conhecido o período em que eles sobem na cabeceira do rio para se reproduzir. A época, aliás, coincide com a quadra chuvosa, e vai de 1º de janeiro a 30 de abril de 2019, conforme portaria Nº 4 de 28 de janeiro de 2008, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Em seis dias de fevereiro, choveu o equivalente a 41% da média para o mês inteiro.
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