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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 16 DE SETEMBRO DE 2018.

— SÃO CORNÉLIO
Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o Pontificado, depois de um período vago na Cátedra de São Pedro. O Papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, mas precisou enfrentar a ousadia de Novaciano. Sem que ninguém esperasse, Novaciano fez-se ordenar bispo e proclamou-se antipapa. Nesta condição se criou o primeiro cisma da Igreja.
Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e postura muito indulgente, boa e compreensiva, para com os desertores da fé católica, os chamados “lapsi”. Para socorrer a postura de Cornélio, um bispo de Catargo, chamado Cipriano, entrou em cena. Este bispo ajudou Cornélio a defender a verdadeira autoridade papal.
Assim, a Igreja viu-se dividida entre duas posturas: os seguidores de Cornélio eram favoráveis a admissão dos cristãos pecadores de volta à Igreja, enquanto os adeptos de Novaciano defendiam a exclusão total dos pecadores.
Porém, pressionado pelo imperador Valeriano, um grande perseguidor dos cristãos, Cornélio, na sua atitude compreensiva e misericordiosa, acabou sendo exilado, onde viveu seus últimos dias. Seu único amigo e defensor era Cipriano, que se correspondia com ele, animando-o através de cartas. Esta amizade custou caro a Cipriano, que também foi condenado a morte.
Cornélio morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio pelo imperador, por não aceitar prestar o culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no cemitério de São Calixto.
REFLEXÃO
A Igreja é alimentada continuamente pelo Espírito Santo, força que garante a autoridade da Igreja como proclamadora da Palavra do Cristo. Mas o lado humano da Igreja as vezes fala mais alto. Discussões, lutas pelo poder, acusações são parte da rica história da nossa Igreja. Hoje, celebrando São Cornélio, nós percebemos que a injustiça acaba destruindo as relações amigáveis na Igreja. Rezemos para que encontremos o melhor caminho de viver a fé e que a Igreja converta-se continuamente ao nome de Jesus.
ORAÇÃO

Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Cornélio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Extraído do site http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/santo-do-dia/ - Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

16.09.2018
24º Domingo do Tempo Comum — ANO B
Verde, Glória, Creio – IV Semana do Saltério )
__ "Quem dizeis que eu sou? Tu és o Messias!" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Neste domingo, o terceiro do mês da Bíblia, somos convidados a dar nosso testemunho a respeito de quem é Jesus. Ele quer ouvir de nós o que pensamos e dizemos dele: não basta a resposta dos outros; cada um deve dar a própria resposta e aderir à sua pessoa. Crendo que Jesus é o Messias, o enviado de Deus, nossa fé se manterá inalterada mesmo diante de provocações, e se traduzirá em obras a favor da fraternidade.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, aqui nos encontramos reunidos no amor de Cristo para celebrarmos o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. Participando do mistério de sua Páscoa, por esta Eucaristia, renovaremos nossa aliança de amor e, como Pedro, confessaremos na Igreja e com a Igreja a nossa fé em Jesus, Filho de Deus e Salvador do mundo que nos dá coragem para tomar a cruz de cada dia, fruto de nossa adesão a Ele e ao seu Reino.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Neste domingo, a mensagem é sobre o sofrimento que acompanha o profeta em sua missão. A Palavra de Deus, muitas vezes, e em muitos ambientes, encontra resistência. Deus pede transformação e conversão, mas isto não agrada a muita gente. Então, como o ímpio não pode atingir a Deus, procura atingir o seu mensageiro. Como ouviremos na primeira leitura, o servo de Deus não deve correr nos momentos difíceis, porque Deus não o abandonará jamais. Jesus mesmo profetiza no Evangelho que ele não passará sem sofrimento e morte, mas vencerá pela ressurreição. Isto faz parte da vida daquele que quer transformar o mundo e trazer vida para os demais. Que a Bíblia seja para nós, realmente, o livro que contém a Palavra de Deus.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!


Antífona de Entrada
Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que os vossos profetas sejam verdadeiros (Eco 36,18).
Oração do dia
Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Para que alcancemos a meta da ressurreição gloriosa com Cristo, temos de pautar nossa vida e conduta com fé em Jesus, Messias sofredor, na linha do Servo fiel do Senhor. Abramos nossos ouvidos e corações para acolher a Palavra que vem de Deus, e que nos oferece um sentido para nossos sofrimentos e humilhações por causa da fidelidade a Ele.
Primeira Leitura (Isaías 50,5-9)
Leitura do livro do profeta Isaías.
50 5 O Senhor Deus abriu-me o ouvido e eu não relutei, não me esquivei.
6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.
7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.
8 Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente!
9 O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.
— Palavra do Senhor!
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial 114/115
Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.
Eu amor o Senhor, porque ouve
o grito da minha oração.
Inclinou para mim seu ouvido
no dia em que eu o invoquei.
Prendiam-me a cordas da morte,
apertavam-me os laços do abismo;
invadiam-me angústias e tristeza.
Eu então invoquei o Senhor:
“Salvai, ó Senhor, minha vida!”
O Senhor é justiça e bondade,
nosso Deus é amor-compaixão.
É o Senhor quem defende os humildes:
eu estava oprimido, e salvou-me.
Libertou minha vida da morte,
enxugou de meus olhos o pranto
e livrou os meus pés do tropeço.
Andarei na presença de Deus,
junto a ele na terra dos vivos.
Segunda Leitura (Tiago 2,14-18)
Leitura da carta de são Tiago.
2 14 De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?
15 Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,
16 e algum de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos”, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?
17 Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma.
18 Mas alguém dirá: “Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”.
— Palavra do Senhor!
— Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu de nada me glorio, a não ser da cruz de Cristo; vejo o mundo em cruz pregado e para o mundo em cruz me avisto (Gl 6,14).

Evangelho (Marcos 8,27-35)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 8 27 Jesus saiu com os seus discípulos para as aldeias de Cesaréia de Filipe, e pelo caminho perguntou-lhes: “Quem dizem os homens que eu sou?”
28 Responderam-lhe os discípulos: “João Batista; outros, Elias; outros, um dos profetas”.
29 Então perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Respondeu Pedro: “Tu és o Cristo”.
30 E ordenou-lhes severamente que a ninguém dissessem nada a respeito dele.
31 E começou a ensinar-lhes que era necessário que o Filho do homem padecesse muito, fosse rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos escribas, e fosse morto, mas ressuscitasse depois de três dias.
32 E falava-lhes abertamente dessas coisas. Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo.
33 Mas, voltando-se ele, olhou para os seus discípulos e repreendeu a Pedro: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens”.
34 Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
35 Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as Oferendas
Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas e acolhei com bondade as oferendas dos vossos servos e servas, para que aproveite à salvação de todos o que cada um trouxe em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Quão preciosa é, Senhor, vossa graça! Eis que os filhos dos homens se abrigam sob a sombra das asas de Deus (Sl 35,18).
Depois da Comunhão
Ó Deus, que a ação da vossa eucaristia penetre todo o nosso ser para que não sejamos movidos por nossos impulsos, mas pela graça do vosso sacramento. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
PARA VOCÊS, QUEM SOU EU?
A pergunta de Jesus a seus apóstolos, no Evangelho deste Domingo, também é feita para todos nós, discípulos de Jesus em nosso tempo: “quem vocês dizem que eu sou?” (Mc 8,29). Pedro respondeu em nome de todos e acertou: “tu és o Cristo!” E Jesus confirmou a resposta de Pedro: Jesus é o ungido de Deus, o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Quem somos nós? Podemos tão pouco? Como os Apóstolos, apenas dispomos de 5 pães e 2 peixes. O que temos e o que podemos fazer é tão pouco, quase nada. Muitas vezes esta sensação de nulidade se deve à nossa visão humana, à nossa falta de fé no poder de Deus.
Ao mesmo tempo, Jesus vai avisando que o Messias enfrentará perseguições, sofrimentos e a própria condenação injusta à morte. Só depois disso é que sua glória vai aparecer. E quem quiser estar com Ele, deve estar disposto a renunciar a si mesmo e passar pelo mesmo caminho, enfrentando sofrimentos e desprezo por causa d’Ele. A firmeza na fé e a coerência da vida segundo o Evangelho devem ser características dos discípulos de Jesus.
Em nosso sínodo arquidiocesano temos um lema bonito: “Deus habita esta Cidade. Somos suas testemunhas”. Somos as testemunhas de Deus e de Jesus Cristo, seu Ungido, em São Paulo. Este testemunho deve aparecer e não ficar escondido, nem ser renegado no estilo de vida que levamos, ou nas maneiras de organizar a sociedade.
Uma das atividades do nosso sínodo arquidiocesano é o levantamento da realidade religiosa e pastoral em todas as paróquias e comunidades da Arquidiocese. É um convite a nos “olharmos no espelho”, para ver, com sereno realismo, como estamos. A partir dos resultados desse levantamento, faremos uma reflexão sobre a qualidade da vida cristã e da prática religiosa em nossas comunidades. Queremos conhecer e compreender melhor quais são as maiores carências e urgências a enfrentar na evangelização em nossa Arquidiocese.
No fundo, cada um de nós está sendo colocado de novo diante dessas questões: quem é Deus para mim? Como me relaciono com Ele? Quem é Jesus Cristo para mim? O que representa a Igreja de Cristo para mim? Como me relaciono com ela? A pergunta de Jesus aos apóstolos não foi meramente retórica, mas Ele queria saber, se os discípulos tinham mesmo compreendido quem Ele era e qual era a sua missão.
Para os católicos, não basta ter umas ideias genéricas sobre Deus, a Igreja, a vida cristã e a prática religiosa. A nova evangelização é um esforço da Igreja para ajudar os seus filhos a crescerem na fé e a aprofundarem seu testemunho cristão no mundo. E também é isso que buscamos através do sínodo arquidiocesano, que é um “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” de nossa Igreja em São Paulo.
Cardeal Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 17 A 23 DE SETEMBRO DE 2018:
2ª Vd – 1Cor 11,17-26.33; Sl 39 (40); Lc 7,1-10
3ª Vd – 1Cor 12,12-14.27-31; Sl 99 (100); Lc 7,11-17
4ª Vd – 1Cor12,31-13,13; Sl 32 (33); Lc 7,31-35
5ª Vm – 1Cor 15,1-11; Sl 117 (118); Lc 7,36-50
6ª Vm – Ef 4,1-7.11-13; Sl 18 (19A); Mt 9,9-13
Sb Vd – 1Cor 15,35-37; Sl 55 (56); Lc 8,4-15
Dom Vd - 25º DTC - Sb 2,12.17-20; Sl 53/54; Tg 3,16-4,3; Mc 9, 30-37

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O CRISTO DOS DESILUDIDOS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Com certeza esse evangelho do 24º. Domingo do Tempo Comum, traz em nosso coração essa pergunta tão inquietante: O que significa perder a vida por causa de Jesus e do seu evangelho? Quem é Jesus, e o que significa a afirmativa de que é preciso “Perder para ganhar”?.
Nos primeiros três séculos da Igreja primitiva, quando o Cristianismo não estava atrelado ao Império, tivemos centenas de mártires que derramaram seu sangue na arena, por causa do testemunho. Nas comunidades de Marcos a perseguição do império romano era muito intensa e os que eram pegos e não renunciavam a fé em Jesus, eram presos e acabavam também mortos. Na América Latina não foram poucos os mártires, que tombaram defendendo o direito e a justiça do povo sofrido e injustiçado.
Será que é deles que o evangelho está falando, no sentido literal? Será que não podemos aplicar hoje ás pessoas de nossas comunidades essa expressão, de que elas também perdem a vida por causa de Cristo e do seu evangelho? Em certo sentido, é muito válido dizer que nossos agentes de pastorais, perdem a vida, quando se dedicam a tantos trabalhos estafantes, muitos até nem vivem mais para si mesmo, mas organizam suas vidas a partir da comunidade, e fazem isso com muita alegria e seriedade. Deixar de lado os interesses pessoais, para dedicar-se ao trabalho pastoral, sem dúvida é também perder a vida.
Entretanto, não é apenas isso, porque muitas vezes recebemos algo em troca, e nesse caso, se ganhamos e não estamos perdendo, o evangelho não se aplica, ainda que haja uma roupagem de trabalho pastoral, mas é só roupagem, pois no fundo a gente se apega ao cargo, ao poder, que sempre nos fascina, nas comunidades há certos coordenadores que “mandam” até mais que o padre, e o poder satisfaz ao nosso “ego”.
Jesus havia se dado conta de que a visão sobre o seu Messianismo, era equivocada. Com o objetivo de fazer a necessária correção, fez uma prova oral com seus discípulos, primeiro eles são indagados sobre o que o povão pensa a respeito dele, e ao saber que o povo o confundia com João Batista, Elias ou um dos profetas, parece que Jesus não demonstrou nenhuma preocupação, e foi direto ao assunto que mais lhe interessava: “E vocês, quem dizem que eu sou?”. A resposta de Pedro foi corretíssima “Tu és o Messias!”. A questão é saber, de que Messias Pedro estava falando. Por isso, em seguida, Jesus revela o sentido do seu messianismo, que irá se consolidar no sofrimento, na rejeição, na morte e ressurreição.
Na visão de Pedro, no Messianismo de Jesus tudo vai dar certo e as coisas vão se resolver, as contas irão fechar, pois Jesus irá por ordem na casa, com o seu poder divino. Ninguém irá resisti-lo... Não é essa a ilusão que toma conta do coração de muitos cristãos em nossas comunidades? O Jesus do “tudo certo”, do “mar de rosas”, da “doce paz, da saúde, da prosperidade”, o Jesus da reviravolta, que só me dá vitória em cima de vitória, o Jesus que sempre me tira dos “enroscos” da vida. Esse não é o Jesus do Evangelho, mas o Cristo dos Desiludidos!
Encontrar sempre respostas prontas, caminhos largos, problemas resolvidos, portas abertas, nunca foi e nem será uma característica do cristianismo. Anunciar um Jesus assim é trair o projeto de Deus, é falsificar o evangelho, é ser Satanás, aquele que se opõe ao Reino do Céu. Infelizmente na pós-modernidade, muitas igrejas, sem raiz, sem história e nem tradição, idealizaram um Jesus produto do consumo, um Cristo que só abençoa os ricos e poderosos. Nessa teologia de fundo de quintal, os dois últimos versículos do evangelho desse domingo, são deixados de lado, pois não falam a linguagem da pós modernidade. Quem irá, nos dias de hoje, fazer marketing de um projeto que implique renúncia, cruz e sofrimento? Um projeto cuja proposta de Salvação seja pautada pelo desprezo á própria vida, deixando de lado até interesses particulares.
Proposta de Salvação que não fale em vitória, em sucesso, em prosperidade, não dá IBOPE, não lota templo, não dá audiência. Qualquer marqueteiro da atualidade teria a mesma reação de Pedro e repreenderia Jesus... Onde já se viu, começar um projeto prenunciando o fracasso da cruz?
O Messianismo de Jesus vislumbra sim, um mundo totalmente novo, mas ele não descarta a aspereza do caminho, as pedras do calvário, os penhascos, os espinhos, a ousadia de um sonho, que vai se construindo com os pés no chão da história, vivendo já no coração os valores desse reino que virá. O autêntico discípulo é aquele que, vislumbrando esse reino, descobre-o presente em Jesus que caminha com a sua igreja, e passa a viver cada minuto, hora e dia, apenas em função desse projeto, menosprezando todo e qualquer valor ou ideologia, que o mundo possa oferecer, porque crê sinceramente que nada é maior ou mais importante do que Cristo e a Boa Nova do Evangelho. É exatamente assim que o quadro se reverte, e a PERDA se transforma em GANHO, como ensina o evangelho... (24º Domingo do Tempo Comum)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com
2. Quem dizem as pessoas que eu sou?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Por três vezes Jesus anuncia sua Paixão, Morte e Ressurreição. Hoje lemos o primeiro anúncio. Jesus não diz simplesmente o que vai acontecer, mas ele afirma que o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelas autoridades judaicas, ser morto e depois de três dias ressuscitar. Este anúncio é feito depois de uma pergunta. Jesus queria saber o que diziam a respeito dele, quem era ele. Foram muitas as respostas, como aconteceria hoje se saíssemos pela rua perguntando aos transeuntes “quem é Jesus para você?”. Depois de responderem “João Batista, Elias, um profeta”, Jesus se dirige aos discípulos e os interroga: “E vocês, quem vocês dizem que eu sou”. O próprio Jesus está inquirindo sobre a sua identidade. Pedro responde: “Tu és o Cristo”. Cristo é o nome grego para Messias, um nome hebraico que significa “ungido com óleo”, escolhido para uma missão. Isso é o que significa o vocábulo “Cristo”, mas qual é o conteúdo da palavra? Que imagem se formava na mente de Pedro, quando dizia: “Tu és o Cristo”? Quem é Jesus? É o Cristo! E quem é o Cristo? O Cristo, responde Jesus com o primeiro anúncio da Paixão, é alguém que vai sofrer, ser rejeitado, morrer e ressuscitar! Pedro não entendeu nada, ou entendeu mas não aceitou o que Jesus estava dizendo. Puxou-o de lado e censurou-o, isto é, deve ter dito que não estava de acordo com o que Jesus acabava de anunciar. A ideia que Pedro tinha do Cristo era a mesma de todos os judeus de seu tempo. Ele esperava o Messias glorioso, que entraria triunfante em Jerusalém para restabelecer o reinado de Davi. [...]
3. TU ÉS O MESSIAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
A pessoa de Jesus não se enquadrava nas categorias da época e era interpretada de formas as mais variadas.
Seu modo de ser austero e a maneira incisiva de sua pregação levavam alguns a confundi-lo com João Batista ou com Elias. Pensava-se que Jesus tivesse como que feito reviver em si estas figuras. A postura de Jesus era também identificada com as dos profetas do passado, cujas vidas pareciam servir-lhe de inspiração.
Jesus quis saber a opinião dos discípulos a seu respeito, por não estar bem seguro de como o consideravam. A resposta foi dada por Pedro, em nome do grupo, de maneira correta, e convenceu a Jesus. Ele, de fato, era o Messias.
Entretanto, o Mestre sentiu-se na obrigação de oferecer aos discípulos pistas para a correta compreensão de sua condição messiânica. Seu messianismo leva-lo-ia a confrontar-se com a rejeição das autoridades e com a morte violenta. Ele, no entanto, estava também destinado à ressurreição.
As expectativas em voga giravam em torno de um futuro Messias revestido de glória e poder. Os discípulos, pois, tiveram de fazer um esforço gigantesco para introduzir o sofrimento no messianismo do Mestre. Jamais se esperava um Messias sofredor, como Jesus se proclamava ser. Os discípulos viram-se, portanto, na obrigação de refazer seus esquemas.
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender que escolheste o caminho da cruz e do sofrimento, para realizar a missão recebida do Pai.

Recomendamos visitar diariamente o site da PAULINAS no seguinte endereço - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho - para completar o estudo da Palavra de Deus que compõe a Liturgia deste dia. Veja logo abaixo do texto do Evangelho as orientações de como fazer a LEITURA ORANTE, com excelentes reflexões sobre o Evangelho do Dia e como aplicar os ensinamentos de hoje em sua vida. Ideal para Estudos Bíblicos diários.FONTE:NPD BRASIL/JARDIM DE CAMOCIM.BLOG

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