Francisco Teixeira, dos Recursos Hídricos, afirmou que as chuvas não possibilitaram um aporte "para garantir o abastecimento mínimo de várias cidades do Interior e da própria RMF"
Fonte:DN/Regional
O titular da Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira, afirmou nesta segunda (19), dia de São José, o que todos os cearenses temiam. A seca no Ceará está se encaminhando para o sétimo ano seguido e, caso isso se confirme, só há uma forma de evitar a falta d'água: "Agora não tem jeito. A Transposição do Rio São Francisco é a única forma de garantir água para o abastecimento da população do Ceará, em especial da Região Metropolitana de Fortaleza no caso de um novo ano de seca".
A declaração foi feita antes do gestor embarcar para Brasília, onde participa do 8º Fórum Mundial da Água. SegundoTeixeira, que também foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff, "estamos nos encaminhando para o sétimo ano com aportes pouco significativos. Ou seja, o mês de fevereiro choveu mais de 50% acima da média, mas o mês de março, até agora, está mais de 70% abaixo, então os aportes aos reservatórios pararam", disse.
Preocupação para o segundo semestre
"A preocupação é grande para o segundo semestre, porque não temos um aporte mínimo para garantir o abastecimento mínimo de várias cidades do Interior e da própria Região Metropolitana de Fortaleza", afirmou. Contudo, ele reforçou que ainda é preciso esperar. "Precisamos aguardar o restante de março e o começo de abril para ver se as chuvas melhoram", completou.
E reforçou: "Claro que a seca sempre nos preocupa, mas entrar no sétimo ano torna a situação ainda mais preocupante. E a dependência do projeto de Transposição do São Francisco fica definitiva. Mais do que nunca o projeto tem que ficar pronto até agosto ou setembro deste ano. Se puder em julho, melhor ainda, porque a água chega com mais facilidade aqui".
Entretanto, o secretário afirmou que as obras estão andando mas em ritmo lento. Mesmo assim, esta ainda seria a melhor opção. "Qualquer outra alternativa, como dessalinização de água do mar ou buscar água no Rio Parnaíba, seria neste momento muito mais demorado e caro e o prazo seria muito maior do que o projeto do Rio São Francisco. Não tem outra alternativa mais fácil de ser implementada nesse momento", completou.
Ainda de acordo com ele, mesmo com as chuvas de fevereiro, o Maciço de Baturité não gerou aporte de água que abastece os reservatórios de Fortaleza.
Com informações do jornalista José Maria Melo.
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