Moradores contam que o clima é de tensão na favela nesta sexta-feira
fonte:o dia
Rio - O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a Polícia Civil voltaram a fazer, na manhã desta sexta-feira, uma operação na Rocinha. A ação ocorre no dia em que as Forças Armadas deixaram a comunidade. Os 950 militares ficaram uma semana na favela por conta dos confrontos entre traficantes rivais.
Até o momento, não houve registros de tiroteios nesta manhã. No entanto, moradores contaram que o clima é de tensão na favela. Na noite desta quinta, duas horas após o anúncio da saída das tropas das Forças Armadas, um suspeito foi morto em uma troca de tiros com policiais do Batalhão de Choque. Wilian Lopes de Oliveira, de 22 anos, foi baleado, chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha, mas não resistiu.
Com o suspeito, os policiais apreenderam uma pistola Glock, um carregador com 24 munições, R$ 72 e um celular. Já os outros bandidos conseguiram fugir. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Na manhã desta sexta-feira, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Rocinha prenderam um homem foragido da Justiça do Ceará. De acordo com a corporação, o suspeito foi abordando enquanto dirigia um táxi na região.
Saída dos militares divide opiniões
As opiniões de moradores estão divididas sobre a saída das Forças Armadas. "Os militares poderiam ter ficado por mais tempo. Agora, a sensação de paz acabou. Pode ter certeza, a guerra voltará", disse uma moradora, de 50 anos, do Largo do Boiadeiro.
Já um auxiliar administrativo, que mora na comunidade há 36 anos, afirmou que, com a saída do Exército 'a vida voltará ao normal'. "Eles estavam deixando os moradores apreensivos. Tínhamos medo deles entrarem em nossas casas, revirarem tudo como se fôssemos bandidos. Agora, acho que a vida vai voltar ao normal. Vamos seguindo a vida", contou.
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