Os três foram promovidos a 1º Sargento, 3º Sargento e Cabo.
Por G1 CE
Policiais são promovidos por bravura após ataque em Quixadá (Foto: Divulgação)
Três policiais militares que sobreviveram a um confronto armado em junho do ano passado, na estrada de terra que liga a localidade de Juatama à sede do município de Quixadá, foram promovidos por bravura na noite desta terça-feira (18) pelo comando da Polícia Militar do Ceará. No ataque, outros três policiais morreram e receberam promoção post mortem.
O 2° Sargento PM João Alves Campos, o Cabo PM José Ribamar Bezerra Júnior e a Soldado PM Michelly Pereira Mariano, todos pertencentes ao efetivo da 1ª Companhia do 9° Batalhão da Polícia Militar de Quixadá foram promovidos a 1° Sargento, 3° Sargento e Cabo, respectivamente.
O cabo Michelly relembra os momentos de tensão e a saudade dos companheiros que morreram durante o confronto “Agradeço a Deus pelo livramento que Ele me deu e fico muito grata pelo reconhecimento da Corporação”. O 1° Sargento João Alves fala que o episódio deixou marcas e que a promoção é uma forma de homenagear a todos os policiais envolvidos no caso. “Eu fui atingido com três tiros, um inclusive de fuzil e outros dois provavelmente de pistola. Acredito que justiça foi feita”, disse.
Para o Coronel Comandante Geral da Polícia Militar do Ceará, Ronaldo Viana, a promoção por bravura é uma forma de reconhecer a atitude heroica dos policiais em combater o crime mesmo com o risco da própria vida. “Os policiais cumpriram a missão com honra e galhardia, a promoção por bravura é uma forma de reconhecer a coragem desses guerreiros”, afirma o Comandante.
O caso
A composição, comandada pelo 2º Sargento PM João Alves Campos estava de serviço no dia 30 de junho de 2016, era composta ainda pelo então soldado José Ribamar Bezerra Júnior, pelo cabo Antonio Joel de Oliveira Pinto, soldado Antonio Lopes Miranda Filho (promovidos post mortem), quando foram acionados para dar apoio a uma composição da Força Tática (FTA) que trocava tiros com cerca de oito homens, armados de fuzil em uma estrada de terra que liga a localidade de Juatama à sede de Quixadá, cerca de 800 metros da área urbana daquela localidade.
No momento em que se deslocavam por uma estrada carroçável para apoiar os companheiros, a viatura colidiu de forma frontal com um veículo, com homens armados na carroceria do veículo, que haviam trocado tiros com a composição do FTA. Os suspeitos passaram a disparar em direção aos militares. O sargento João Alves Campos levou um tiro no braço direito e outro na perna direita. Na embate com a quadrilha, o cabo Antônio Joel de Oliveira Pinto, o soldado Antônio Lopes Miranda Filho e sargento Guanabara (promovido post mortem) foram atingidos e morreram.
Em janeiro, a Polícia Civil concluiu o inquérito que investiga a morte dos três militares e indiciou 10 pessoas. O Ministério Público acatou o relatório, indiciando e denunciando os envolvidos. Quatro pessoas estão presas e seis seguem foragidas.
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