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segunda-feira, 10 de abril de 2017

PILARETES DO HISTÓRICO AÇUDE CEDRO SÃO QUEBRADOS CAUSANDO RISCOS E INDIGNAÇÃO.

FONTE:DIÁRIO DO SERTÃO CENTRAL,21:00 · 09.04.2017 / por 

Açude Cedro, primeiro reservatório público do Brasil, construído em Quixadá no início do século passado,  tombado como patrimônio histórico nacional, voltou a ser alvo de danos e de polêmica neste fim de semana. Na manhã deste domingo (9) quatro pilaretes de proteção da passarela do açude foram quebrados. Logo o fato causou repercussão nas redes socais. Alguns apontam o fato como acidental; para outros, foi ato de vandalismo.
Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram acionadas, mas conforme relatos de testemunhas o dano foi acidental. A reportagem do Diário do Nordeste esteve no local e constatou as informações. “Um senhor de aproximadamente uns 60 anos escorou uma das mãos no pilarete para uma foto selfie. A peça descolou e ele se assustou se afastando da borda da parede. A corrente quebrou os outros três pilaretes“, explicou Augusto Lúcio de Freitas.
Ele disse que estava trabalhando como garçom no barzinho ao lado da parede quando o fato ocorreu. Outras duas pessoas que pediram para não terem seus nomes revelados afirmaram também terem presenciado o acidente e acrescentaram que o visitante, o qual disse ser morador de outra cidade, ficou assustado e reclamou de não haver placa de sinalização de perigo no local. Em seguida foi embora sem ser identificado.
Ainda conforme Augusto de Freitas, também conhecido como “Augusto Pirabibu”, considerado um dos defensores do parque hídrico histórico, a administração do Açude Cedro, de competência do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), foi informada por ele logo em seguida. “Me pediram para isolar a área danificada. Fiz o que pude“, relatou se referindo as faixas de alerta e aos pedaços de arame utilizados como gambiarra para evitar que outros pilaretes quebrem.

Também há preocupação quanto a segurança dos visitantes. Apesar de a corrente servir apenas como adorno arquitetônico alerta para não se aproximarem da borda da parede.
prefeito de Quixadá, Ilário Marques, esteve no local no fim da tarde. Ele foi avaliar a dimensão dos danos causados ao patrimônio histórico e apontou o ato como sendo de vandalismo, cabendo à Polícia investigar o caso. Ressaltou também a necessidade da realização de uma perícia técnica, para apurar as reais causas dos danos e acredita que o Dnocs deverá isolar a área até resolver o problema.



Há alguns anos quando eu estava à frente da prefeitura e ocorreu um dano desses contratamos um especialista em trabalho com pedras. Além de esculpir novas peças ele capacitou alguns profissionais de Quixadá. Vamos procurar essas pessoas e sugerir ao Dnocs para a realização dos serviços“, acrescentou o prefeito, explicando que a prefeitura não tem mais convênio com o órgão federal. O contrato de cessão valia por 15 anos e poderia ser prorrogado por mais 15. Venceu na administração do prefeito anterior, João Hudson, o qual não teve interesse em renovar o Termo.
O dano ao qual Ilário Marques se referia ocorreu no início de setembro de 2011. No início imaginava-se ter sido ato de vandalismo, mas como a reportagem fez as investigações, foi constatado que os pilaretes quebraram, dois, quando crianças utilizaram as correntes como trampolim, Com o peso as estrutura de pedra maciça quebraram.
Opinião publica 
Frequentadores da área de lazer do Açude Cedro relataram que todos os problemas ocorrem por falta de fiscalização, de sinalização e de conservação. Até o fim da década de 1990 havia vigilantes em ambas as extremidades da parede do açude.
Era proibido circular com bicicletas na passarela e até graxa era passada nas correntes dos pilaretes, para ninguém encostar. À noite também havia iluminação na parede. O Dnocs reduziu o número de servidores e até os fios e lampadas da passarela foram furtados.
A reportagem tentou manter contato com a administração do Dnocs. O escritório local estava fechado. As ligações telefônicas não foram atendidas.
Veja também as reportagens de 2011 no Diário do Nordeste

Vandalismo destrói passeio no reservatório do Cedro 

Pilaretes históricos do Açude Cedro são quebrados por crianças

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