Durante cerimônia de ordenação de 17 novos cardeais de seis continentes, o pontífice alertou contra aqueles que "erguem muros, constroem barreiras e rotulam pessoas".
DN
O papa Francisco condenou neste sábado o que ele chamou de onda de polarização em boa parte do mundo, que está classificando pessoas de diferentes nacionalidades, raças ou religiões como inimigos. Durante cerimônia de ordenação de 17 novos cardeais de seis continentes, o pontífice alertou contra aqueles que "erguem muros, constroem barreiras e rotulam pessoas".
"Vemos, por exemplo, o quão rapidamente aqueles entre nós com status de estrangeiro, um imigrante, ou um refugiado, se tornam uma ameaça, assumem o status de inimigo. Um inimigo porque vem de um país distante, ou tem costumes diferentes", disse.
Entre os novos cardeais está o arcebispo de Indianápolis, Joseph Tobin, que desafiou o governador de Indiana, Mike Pence, ao receber refugiados sírios. Em janeiro, Tobin vai se tornar arcebispo de Newark, em Nova Jérsei, enquanto Pence vai tomar posse como vice-presidente dos Estados Unidos.
Outro novo cardeal, o arcebispo italiano Mario Zenari, é o enviado do papa para a Síria. O padre albanês Ernest Simoni, de 88 anos, conhece de perto o sofrimento causado pelo ódio. Durante o regime comunista, Simoni passou 18 anos na prisão por causa de sua fé. Cardeais geralmente já são bispos, mas o papa Francisco decidiu conceder a honra a Simoni, um simples padre. Quando o papa visitou a Albânia, em 2014, se emocionou quando Simoni lhe contou como fora perseguido.
O brasileiro Dom Sergio da Rocha, atual arcebispo de Brasília, é um dos 17 novos cardeais. Treze deles têm menos de 80 anos e, portanto, são aptos para participar do conclave para a escolha do próximo papa.
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