Há cerca de 4 meses que se permeia uma greve nas universidades estaduais do Ceará, fato esse que vem se tornando rotina na vida de milhares de estudantes que têm que lidar de maneira frustante com tal situação, já que a greve é dos professores, e os alunos, que são os mais prejudicados da história, não têm o direito de intervir de alguma forma dentro dessa greve. Ou seja, somos apenas meros votos vencidos e considerados por muitos como mero polo passivo da história, quando na verdade não nos é dada outra opção e assim, muitas vezes, temos que ficar de mãos atadas em meio a tal situação.
A cada assembléia do sindicato, a frustação estudantil só aumenta ao perceber que quase nada foi conquistado e que estão decorrendo os dias e nem ao menos um prazo ou promessa futura de volta às aulas conquistamos. O que fazer diante de tal situação? Os professores colocam a culpa no governador do estado e o governador do estado coloca a culpa nos professores e nessa incerteza continuaremos no ócio até quando? O nosso desejo de volta às aulas a cada dia fica apenas no plano subjetivo e o considerado “futuro da nação” se depara com o principal meio de conquistar algo no futuro de portas fechadas e sem previsão alguma de serem abertas.
Claro que sabemos que as universidades estaduais precisam de maiores investimentos e reparos, isso é certo, porém sempre pairou o questionamento se este era o momento certo para se iniciar uma greve e se realmente, caso isso acontecesse, se poderia ser conquistado algo relevante e benéfico para essas universidades. Em meio a essa incerteza, os professores deflagraram em conjunto essa greve, com o apoio de uma parcela dos estudantes, porém como já previsto, em pouco mais de 4 meses de greve, nada foi conquistado e a tendência é que continue estática, ou seja, sem previsão alguma de volta às aulas.
É certo também que há um grande descaso por parte do governador do Ceará, mas também pode-se observar que vários professores utilizam-se do período de greve como se fossem férias e em nada batalham em prol dos estudantes. Um sofrimento coletivo por parte dos estudantes que são convocados para as assembléias da greve e vêem poucas parcelas de professores presentes às reuniões que em quase nada progridem e que demoram a serem marcadas.
O governador não cede e nem os professores. Até quando ficaremos nesse impasse absoluto? Como algo aparentemente tão simples e básico, que é o direito à educação, pode se tornar algo tão complexo nas mãos dessas pessoas? Acima de qualquer coisa queremos voltar a frequentar as nossas universidades e se em nada pressionam ou se não vêem perspectivas para novas conquistas, que voltem às aulas! Não podemos ficar no ócio esperando a boa vontade de alguém que aparentemente não está nem um pouco preocupado conosco.
Se você é estudante da Universidade Estadual do Ceará ou de qualquer outra universidade estadual, junte-se a nós e mostre toda a sua insatisfação perante tal situação que envolve a greve para que possamos mostrar que não estamos levando isso como férias ou algo do tipo. Nós, estudantes, queremos aula a todo custo e estamos dispostos a fazer o necessário para que isso possa acontecer o mais breve possível. Os estudantes das universidades estaduais pedem socorro! Ajudem-nos, quem puder!
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