De janeiro a outubro de 2019, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) registrou 163 transportes aeromédicos. Em igual período de 2018, o número foi de 108. O trabalho é realizado desde abril do ano de 2014
Fonte:Por Redação, seguranca@verdesmares.com.br/segurança
As aeronaves da Ciopaer são UTIs e podem realizar exames que determinados hospitais não fazemFOTO: REINALDO JORGE
O trabalho integrado entre as forças de Segurança Pública vai além do policiamento ostensivo nas ruas e das investigações para desvendar crimes. Na rotina dos bombeiros e policiais que participam da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), vidas são salvas devido ao atendimento especializado e à mobilidade ofertada com o traslado de pacientes nas aeronaves.
De janeiro a outubro deste ano, 163 transportes aeromédicos foram realizados pela Ciopaer. Comparado a igual período do ano passado, quando foram registradas 108 ocorrências deste tipo, o número aumentou, aproximadamente, 50%.
Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), desde abril de 2014 até outubro deste ano foram realizados 673 atendimentos. Além dos transportes aeromédicos, neste ano, a Coordenadoria contabilizou 598 acionamentos policiais.
Atualmente, há bases da Ciopaer em Fortaleza, Sobral, Juazeiro do Norte e Quixadá. São 32 pilotos, dentre eles cinco delegados da Polícia Civil do Ceará. O coronel Marcus Costa, responsável pela comunicação da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas destaca que, atualmente, as aeronaves podem alcançar qualquer ponto do Estado em até 45 minutos. No próximo ano, quando deve ser inaugurada uma nova base, em Crateús, o tempo máximo deve ser de 30 minutos.
"Um ponto diferencial é que trabalhamos de forma integrada: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). São quatro organizações em uma só Coordenadoria. Isso evita retrabalho e gera até economia para o Estado. Somos a terceira maior frota pública estadual do País e a mais moderna", disse o coronel.
Buscas
De acordo com Marcus Costa, nas ações policiais, é importante que os helicópteros proporcionem um campo de visão mais elevado, possibilitando apoio às equipes que estão em terra. O policial recorda que, recentemente, a Ciopaer ajudou a evitar a fuga de uma quadrilha com atuação interestadual.
O episódio foi registrado em outubro deste ano. Segundo a SSPDS, uma aeronave da Ciopaer prestou auxílio nos trabalhos de busca aos suspeitos de tentarem roubar um veículo de transporte de valores, entre os municípios de Coroatá e Peritoró, no Maranhão. Um equipamento da aeronave captou imagens dos criminosos, em alta definição, mesmo quando estava escuro.
A quadrilha tentava assaltar um carro-forte e abandonou veículos para se esconder em uma região de matagal. A aeronave sobrevoou a mata e a fuga foi frustrada. O coronel acrescenta que o apoio aéreo fez com que fosse indicado o local exato onde cada um do bando estava: "a aeronave teve a condição de localizar os bandidos no matagal por meio da câmera térmica. É a alta tecnologia".
Ainda de acordo com o coronel, além dos helicópteros da Ciopaer terem capacidade operacional de proporcionar um campo de visão mais elevado, há o apoio na parte dos resgates. "Conseguimos transportar o paciente com a capacidade técnica. Nossas aeronaves são UTIs. Temos todo o equipamento a bordo e conseguimos fazer lá exames que determinados hospitais não têm. Contamos com tripulação médica e com enfermeiros", afirmou. Para 2020, a Ciopaer prevê entregas de mais duas aeronaves.
Em um ano, o número de atendimentos aeromédicos realizados pela Ciopaer aumentou 50%. Além deste serviço, as aeronaves da Coordenadoria auxiliam em diligências policiais
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