O resultado do estudo foi divulgado nesta quinta-feira (8)
Fonte:Cnews
Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (8), pela ONG mexicana “Seguridad, Justicia y Paz”, Fortaleza é considerada a sétima cidade mais violenta do mundo e a segunda do Brasil.
Para chegar a essa classificação, a ONG leva em consideração a taxa de homicídios registrados no ano de 2017 de cada local, considerando o número de assassinatos em proporção à população da cidade. A taxa de homicídios em Fortaleza foi de 83,48 para cada mil habitantes.
A ONG mexicana considerou que em Fortaleza no ano de 2017, ocorreram 3.270 homicídios. Já pelos números oficiais da Secretária da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), foram registrados 5.134 homicídios em todo o estado do Ceará no ano de 2017.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS-CE), diz que: “Não reconhece os dados divulgados pela ONG mexicana, "Seguridad, Justicia y Paz", bem como não teve acesso ao estudo e metodologia utilizada pela entidade. Baseada nas estatísticas divulgadas pela própria SSPDS, mensalmente, a pasta considera que os índices criminais registrados nos últimos meses no Estado têm relação direta com o acirramento das disputas entre grupos criminosos, após dois anos de quedas consecutivas - 9,5% em 2015 e 15,2% em 2016.
Para conter as ações criminosas, a Secretaria tem investido em ações de territorialização, fazendo com que os policiais militares estejam presentes 24 horas por dia nas periferias e nas comunidades, com apoio de outros órgãos e esferas do poder público. Para além da segurança, há investimento em acesso à infraestrutura, educação em tempo integral, oportunidades de estágios e empregos, projetos culturais, esportivos e de lazer, priorizando áreas mais vulneráveis à criminalidade. Com a adoção dessas estratégias, no mês de dezembro de 2017, foi registrada uma redução no número de homicídios em sete das 22 Áreas Integradas de Segurança (AIS) do Estado, o que representa cerca de um terço das AISs.
A SSPDS informa ainda que o Estado do Ceará tem um dos maiores índices de elucidação de homicídios do Brasil – cerca de 23%, enquanto a média nacional é de 8%. Desde 2015, cerca de nove mil profissionais de segurança foram formados ou estão em formação no Estado. Para combater os crimes contra a vida, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teve o número de delegacias ampliado de cinco para 11, em 2017. Além disso, o aumento no número de policiais civis possibilitou a ampliação do trabalho de investigação nas delegacias de todo o Estado, o que deu ainda mais capilaridade à Polícia Judiciária cearense, bem como intensificou as investigações de crimes em todo o Estado. Possibilitou ainda que o número de delegacias 24 horas no Ceará mais que dobrasse, passando de 13 para 27. A Coordenadoria de Inteligência da SSPDS também registrou aumento de 33,33% na quantidade de policiais civis e de 10,71% no número de militares.
Outro investimento em segurança foi na área de tecnologia. A Secretaria investiu em mecanismos como o Spia, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que, a partir de sensores de leitura de placas de veículos, identifica irregularidades de veículos e de condutores. O resultado foi o aumento de 24,1% na recuperação de veículos roubados ou furtados na Capital, entre setembro e dezembro de 2017. Somente em Fortaleza, 800 câmeras de videomonitoramento estão em funcionamento. Neste ano, o Governo do Estado anunciou a instalação de mais de 700 câmeras de videomonitoramento em 38 municípios com população acima de 50 mil habitantes, incluindo sensores de leitura de placas. Todas as imagens geradas serão interligadas à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Ressalta ainda que uma parceria com o Departamento de Computação da Universidade Federal do Ceará (UFC) proporcionou a utilização, por parte da Pasta, de um software de Business Intelligence (BI). A partir das estatísticas geradas pela Assessoria de Análise Estatística e Criminal (Aaesc) da SSPDS, as principais rotas, que possuem maiores índices criminais, foram traçadas para melhorar a atuação policial em todas as regiões. Em paralelo a isso, o policiamento motorizado do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) chegou a todas as regiões do Interior do Estado”.
Foto: Reprodução |
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