Nesta terça, a maior chuva no Estado foi registrada em Iguatu, com 23 milímetros. Com as precipitações, as temperaturas acabam por cair devido ao aumento da nebulosidade
Fonte:DN/Cidade
Mesmo distante da Quadra Chuvosa, que acontece de fevereiro a maio, Fortaleza vem sendo banhada ao longo dos últimos dias por leves chuvas. As tradicionais "chuvas do caju” — intituladas por coincidirem com a época florescimento da cajucultura — vêm trazendo mudanças na rotina das pessoas e diminuição na sensação de calor dos moradores da cidade alencarina. A previsão é que nesta quarta-feira (18), novas precipitações possam ser registradas ao longo da Capital.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as chuvas durante este período do ano são muito escassas, mas podem ocorrer ocasionalmente. O órgão explica que “as primeiras chuvas foram consequência de instabilidades atmosféricas provenientes do leste, sobre o oceano, que se somaram à brisa terrestre. As mais recentes tiveram influência de um Cavado de Altos Níveis na parte mais alta da atmosfera”, diz o supervisor de Tempo e Clima da instituição, meteorologista Raul Fritz.
Nesta terça-feira (17), a maior chuva no Estado foi registrada em Iguatu, com 23 milímetros. Com as precipitações, as temperaturas acabam por cair devido ao aumento da nebulosidade. Na cidade, o dia amanheceu com uma temperatura de 21,5°C, tendo chovido entre a madrugada e o início da manhã. Já em Fortaleza, a menor temperatura registrada foi de 24°C, no início da manhã.
Ventos influenciam
Segundo a Funceme, a maior intensidade durante a temporada de ventos também contribui para a redução da sensação térmica durante o segundo semestre. Até dezembro deste ano, as médias de ventos ficam na casa dos 14km/h. Na área litorânea do Ceará, pode ser registradas até mesmo rajadas de vento superiores a 50km/h até o fim do ano.
A mudança climática já é perceptível por parte dos moradores. Carregando seu longo guarda-chuva colorido, a aposentada José Carneiro, 72, trafega ao longo das ruas do bairro Dionísio Torres com a tranquilidade de quem não será afetada em caso de uma chuva repentina. Às terças, a mulher costuma realizar uma pequena caminhada entre a Igreja São Vicente de Paulo e a própria residência, localizada na Pontes Vieira. Para ela, a chuva só traz vantagens.
“Tá tudo ótimo, ameniza o calor demais. Semana passada eu fui no Centro e me molhei toda, mas é melhor do que ficar molhada de calor”, afirma, em meio a gargalhadas.
Na visão do designer gráfico Célio Moreira, de 36 anos, a sensação térmica é relaxante, mas a chuva traz grandes problemas para o trânsito. Usuário ativo do transporte público, Célio reclama dos problemas oriundos da variação. “Essa chuva alivia muito o calor e o sol que faz aqui, mas piora no deslocamento. É só dar uma chuva que os carros começam a dar pregos, a aparecer buracos”, comenta.
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