Igor Pinheiro, de 7 anos, cursa o segundo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Vitória e foi identificado como ‘aluno com altas habilidades’.
Por Rodrigo Maia, TV Gazeta
Igor Pinheiro, de sete anos (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Aos sete anos de idade, ele já leu mais de 100 livros, sabe as capitais de todos os países - “São 193 reconhecidos pela ONU”, disse o menino -, lê em espanhol e italiano e sonha em ser jogador de futebol. Igor Pinheiro cursa o segundo ano do ensino fundamental em uma escola pública de Vitória e foi identificado como ‘aluno com altas habilidades’, ou seja, superdotado.
“Eu olho só uma vez e já gravo tudo”. Igor Pinheiro, 7 anos.
No colégio onde Igor estuda há um núcleo para alunos com altas habilidades, com inteligência acima da média. Eles têm uma sala específica, onde podem encontrar livros, revistas, material lúdico e pintura. O professor especialista em altas habilidades Israel Scardua, disse que é importante desenvolver a criatividade dessas crianças.
“Todos nós temos habilidades de memorizar coisas, mas o aluno com altas habilidades tem um potencial maior para isso. No caso do Igor, ele tem altas habilidades na aula de humanas, tem muita facilidade em aprender línguas, lê com facilidade o espanhol e o italiano. A língua portuguesa ele lê melhor do que muitos alunos do ensino médio”, contou.
A mãe de Igor, Veruska Pinheiro, lembra que percebeu a facilidade do filho para aprendizado quando ele tinha apenas dois anos de idade.
“Aos dois anos, ele já sabia todo o alfabeto, já sabia números até 10 e aí a própria Secretaria de Educação de Vitória me chamou atenção para levá-lo ao núcleo de altas habilidades. Fui catalogar as palavras e símbolos que ele sabia e, quando me dei conta, ele já sabia mais de 200”, disse.
Depois disso, Veruska logo começou a pesquisar sobre crianças com super habilidades. “Fiquei orgulhosa, mas, por outro lado, pensei: ‘como a gente vai lidar com isso?’. Dá um frio na barriga, mas assustar mesmo, não”, falou.
No colégio, Igor tem aulas normais, como qualquer criança. Rogeovânia Chistê deu aulas para o menino até 2016 e disse que ainda se surpreende com ele.
“Eu não soube pronunciar uma palavra, uma cidade. Ele falou a pronúncia, falou de onde era. Eu achava que era até um país da Europa e ele me corrigiu dizendo que era nos Estados Unidos. Todas as vezes que ele fala alguma coisa assim, eu falo que ele sabe mais que a professora”, contou.
O pai de Igor é músico e, desde 2016, o menino começou a estudar na Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). A flauta é o instrumento preferido dele. “Eu sei a partitura”, disse.
O potencial de Igor chama tanto a atenção que, hoje, o menino é visto como um desafio para a direção do colégio.
“A gente chegou a discutir a questão de avançar o Igor, talvez, porque ele tem possibilidade, potencial para cursar até o quinto ano. Mas, ao mesmo tempo, a gente tem uma preocupação grande de avançá-lo e privá-lo de vivenciar parte da infância, as brincadeiras de criança e também questões da sua formação integral enquanto cidadão. Mas, lá na frente, acredito que ele vai ser um aluno que precisará ser avançado”, explicou o professor.
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