A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) emitiu novo posicionamento, na manhã desta terça-feira, 15, em relação à ultrapassagem do sinal vermelho em cruzamento de vias de Fortaleza. Nos locais com equipamentos, onde existe fiscalização eletrônica, a infração não será registrada entre 20h e 5h59min, desde que a velocidade seja até 30 km/hora.
Os agentes de trânsito seguem podendo multar pelo avanço do sinal vermelho em qualquer horário, conforme o órgão. A assessoria reforça, no entanto, que durante a madrugada a infração é fiscalizada, sobretudo, pelo equipamento eletrônico, enquanto os agentes estão mais voltados para a operação.
Até esta segunda-feira, 14, a AMC indicava o respeito ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o que significava que os motoristas estavam sujeitos a multas. Na gestão municipal anterior, a AMC não multava motoristas que cruzassem o sinal vermelho, entre 20 horas e 5h59min, desde que tomassem certos cuidados.
O assunto voltou à tona com o compartilhamento de um áudio no WhatsApp, sobre multas por ultrapassagem do sinal após às 22 horas. Na ocasião, a assessoria de comunicação da AMC afirmou que os áudios eram boatos, mencionando o respeito às normas de trânsito e ao semáforo.
Hoje, a Autarquia admitiu pela primeira vez que os equipamentos não multariam os motoristas, desde que as regras de segurança fossem seguidas - velocidade até 30 km/horas, no horário entre 20h e 05h59.
O superintendente da AMC, Arcelino Lima, disse em entrevista à rádio O POVO CBN, nesta manhã, que o órgão não esclareceu desde o início que o avanço na madrugada não é registrado pelo equipamento para não incentivar o avanço de semáforo. E ressaltou que outras infrações como conversão, retorno proibido ou tráfego pela ciclofaixa, são captados e multados. "Como um órgão de trânsito a gente não pode incentivar o motorista a avançar o semáforo porque isso pode gerar acidente, pode gerar risco à vida. Então nesse intuito a gente vinha afirmando que o preponderante era respeitar a sinalização, mas é claro que se o motorista de alguma forma se sentisse ali ameaçado, se sentisse em risco por conta da segurança pública aí sim ele poderia tomar sua atitude que o equipamento não iria disparar", afirmou.
Ele justificou a postura do órgão. "Visto toda essa confusão gerada, agora a gente está partindo pra um discurso mais claro, mais evidente. Mas também ainda permanecendo na postura de solicitar a compreensão do motorista pra só avançar se se sentir ameaçado. Nossa intenção é a redução de acidentes", explicou.
Redação O POVO Online/via Revista camocim
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