Com prejuízo milionário e baixíssima adesão ao PDV, presidente da ECT estuda meios para driblar a estabilidade dos empregados e realizar demissões
Fonte:DN/Negócio
Em grave crise, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) acionou o departamento jurídico da empresa para avaliar se há meios para driblar a estabilidade dos empregados e realizar demissões, segundo o jornal Valor.
Com um prejuízo de quase US$ 500 milhões nos dois primeiros meses deste ano e a baixíssima adesão ao Plano de Desenvolvimento Voluntário (PDV) dos Correios, o objetivo é adotar medidas radicais para fechar o rombo dos cofres públicos da ECT.
A necessidade seria enxugar de 20 mil a 25 mil funcionários para equilibrar os custos com as despesas e oferecer sustentabilidade à empresa.
Duas possibilidades
O departamento jurídico já tem duas hipóteses: o artigo 173 da Constituição, que permite adotar em empresa pública o regime jurídico de empresas privadas; e dispensas motivadas na CLT com a alegação de que a ausência de medidas pode colocar a estatal em colapso.
"Não estamos fazendo isso com nenhum requinte de sadismo. O que não dá é para manter uma situação em que dois terços dos custos totais são de pessoal", afirmou o presidente da ECT, Guilherme Campos ao Valor.
Em março deste ano, os Correios anunciaram fechamento e fusões de agências. Só no Ceará, foram cinco e nos municípios de Fortaleza, Caucaia e Aracati.
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