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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

PIPEIROS ENFRENTAM MÁS CONDIÇÕES DE TRABALHOS.

Profissionais dizem que possuem rotinas exaustivas e sofrem com pagamentos atrasados
Foto: reprodução Internet
Uma fila que nunca acaba. Todos os dias dezenas de caminhões-pipa esperam a vez de abastecer os reservatórios e partir para o interior do estado, levando água potável para os locais afetados pela estiagem. Diante da sede da Cagece, em Maracanaú, eles chegam a virar a noite para não perder o lugar.
O estacionamento não passa de um terreno, sem sombra durante o dia, iluminação a noite ou condições básicas para os trabalhadores. "A gente dorme debaixo dos caminhões”, relatou o pipeiro Antônio Batista dos Santos.

São veículos de várias partes do estado, como é possível perceber pelas placas. Os motoristas ganham por viagem, por isso, acordam e dormem na fila. O esforço é grande já a recompensa nem sempre vem como deveria. "A gente chega a passar até três meses sem receber. Como é que abastece? Como é que faz a manutenção" questionou Batista.
Sem dinheiro, os pipeiros afirmam que não conseguem pagar o combustível nem fazer a manutenção preventiva dos veículos. Segundo eles, esse teria sido o motivo pelo qual um motorista foi flagrado despejando água em um córrego próximo ao complexo industrial de Maracanaú. Identificado como Paulo Tierdes Cavalcante de Oliveira, o condutor foi preso por dano ao patrimônio público. Segundo a Polícia, a intenção dele era jogar a água fora antes de chegar ao destino, para retornar mais cedo para fila e economizar combustível.
Os pipeiros defenderam o colega: "eu não acredito que ele tenha feito isso de má fé. Deve ter sido um problema mesmo. Ele é uma boa pessoa", defendeu Batista.
Uma testemunha, no entanto, afirmou que já presenciou o descarte de água, tanto em Maracanaú quanto em Pacatuba, ambas na Região Metropolitana de Fortaleza. "Eu venho acompanhando e já presenciei os motoristas fazendo isso lá em Pacatuba e aqui também. É um absurdo!" reclama o funcionário público Adriano Oliveira.
A 10ª Região Militar, responsável pela operação carro-pipa, diz que monitora a distribuição da água tanto de maneira presencial, com soldados nos pontos de captação, quanto de forma virtual, por meio de aparelhos de GPS, instalados nos caminhões. Mesmo com o acompanhamento, não foi descartada a possibilidade de algum pipeiro tentar e até conseguir burlar este sistema. "A gente não tem como monitorar tudo o tempo todo. por isso, a gente conta com a ajuda da população para monitorar melhor a distribuição da água" explica o coordenador da operação carro-pipa.
Em relação às condições de trabalho dos motoristas, o exército diz não possuir responsabilidade sobre isso. Já sobre a denúncia de atraso no pagamento, o coordenador da operação rebate. "No contrato firmado com eles está explícito que eles podem ser pagos em, até, 60 dias após a prestação de contas do serviço prestado. as vezes acontece algum atraso por conta deles ou algum problema logístico mas não passa de 60 dias.
"FONTE:

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