Com apenas 17 anos, Felipe Bastos foi aprovado nos dois vestibulares
mais difíceis do País
Mesmo com as ótimas colocações, Felipe Bastos, de 17 anos, natural do
município de Saboeiro, distante 442 km de Fortaleza, não acreditava nas
aprovações. “Eu não esperava, comecei a olhar o resultado pelo final da lista”,
afirma. Antes que findasse a esperança, se encontrou na quarta colocação
para o curso de Engenharia Mecânica no Instituto Militar de Engenharia
(IME). E antes que findasse o ano recebeu outro presente. A notícia de
aprovação para o mesmo curso no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Os vestibulares são considerados os mais difíceis e concorridos do País.
“O ritmo de estudo era muito pesado. Eu acordava às seis da manhã para
estudar e depois tinha as aulas regulares até à noite e continuava estudando
quando voltava”, conta. Ainda em Saboeiro, o estudante já tinha bons
resultados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
Após os bons resultados, Felipe foi contactado pela Associação Primeira
Chance - que apoia alunos de escolas públicas com o objetivo de promover
a inclusão social de jovens de baixa renda por meio da educação. Filho de
professora e de comerciante, Felipe veio morar em Fortaleza, para estudar
com bolsa no Colégio Ari de Sá Cavalcante.
“No começo foi difícil porque o ritmo era bem mais pesado. Eu quase não
tinha aulas de Física e Química antes e tive de me esforçar bastante para
acompanhar”, conta. Felipe relembra as orientações dos professores e dos
colegas.
“Eles me davam sugestões de materiais e leituras para que eu fosse me
atualizando”.
A notícia da aprovação veio por meio da namorada na biblioteca da escola.
“Parabéns, você passou”, diz. Para ele, o sentimento agora é de gratidão.
“Imediatamente liguei para os meus pais e eles se emocionaram muito.
Sempre me apoiaram. Às vezes eu estava cansado e minha mãe sempre dizia
para eu persistir”. E deu certo. Redação O POVO Online
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